Muitas vezes, estar ocupado significa não enfrentar aquilo que realmente importa. Vamos empurrando com a barriga, nos auto-enganando, nos sentindo produtivos pelo número de horas trabalhadas, pelos imprevistos que acontecem, pelos incêndios que temos que apagar, pelas refeições que engolimos às pressas, pelo trânsito que enfrentamos, pela falta de tempo crônica que assola quase todo mundo. E ficamos felizes por ser assim, ocupados e úteis. E o tempo vai passando. Fica a sensação de dever cumprido, até mesmo de certo conforto, mas se analisamos com mais honestidade e realidade, cedo ou tarde temos de enfrentar o questionamento de Drucker.
Às vezes, as pessoas param para analisar o curso de suas escolhas profissionais e pessoais e admitem que todo esse movimento não se traduz em progresso, em evolução. Algumas conseguem mudar, o que nunca é fácil. A maioria retorna à rotina, até o próximo questionamento que, quem sabe, terá um resultado diferente.
Movimentar-se é fácil; evoluir é imensamente mais difícil, envolvendo um esforço muito mais intenso para mudar de patamar que é, no final das contas, o significado da evolução. Por isso, pergunte-se sempre, na vida profissional e na pessoal: isso é progresso, ou é apenas movimento? Mais uma lição do mestre Drucker.
Fonte Piapara